Extraordinário! Existe um pouco de passado no futuro.

Tempo de Leitura: 12 minutos

Almanaque do Futuro 262

06 de junho de 2025

Olá, tudo bem por aí? Ainda no clima romântico, hoje voltamos nossos olhares para outro tipo de relação que também vive em constante transformação: aquela que temos com as marcas. Então, pegue seu cafézinho, vista sua roupa mais aconchegante e bora pra edição 262 do ADF!

Boa leitura!


Reposicionamento! Uma marca parada no tempo nunca foi uma boa estratégia.

Se lá nos anos 2000 bastava anunciar o tradicional para ganhar espaço, hoje estar online é quase sinônimo de respirar. O brasileiro passa mais de 9h por dia conectado, e mais de um terço desse tempo está nas redes sociais.

Ficar parado? Nem pensar!

O reposicionamento (ou rebranding) não é apenas mudar o logotipo ou os núcleos. É repensar a essência da marca, revisitar valores e se conectar de verdade com o público.

Quando uma estrutura está bem definida, tudo ganha mais sentido. Da campanha à experiência do cliente, da comunicação até o posicionamento estratégico. Vira um sistema vivo, alinhado e pronto para crescer com propósito.

Com novas tecnologias pipocando, comportamentos de consumo mudando e concorrentes surgindo a cada clique, marcas estáticas viram o símbolo do século passado. Estar atento ao movimento digital já não é diferencial, é obrigação para não sumir no feed. Porque, no fim das contas, marcas fortes não nascem por acaso, elas são construídas com intenção, consistência e coragem para se reinventar quando o mundo muda. E ele muda o tempo todo.

Seja no rebranding ou em pequenos ajustes ao longo da jornada, o segredo é manter o foco, entregando valor, evoluindo com o mercado e se mantendo fiel ao que a marca acredita de verdade. Porque marcas que sabem quem são, sabem para onde vão.


Da infância à adolescência!  Entenda como o LEGO está presente desde sempre em nossas vidas.

Fundada em 1932, a LEGO começou a produzir brinquedos de madeira. Foi apenas em 1949 que surgiram as icônicas pecinhas de plástico que conhecemos hoje. No entanto, em 2003, após um período de crise financeira, a LEGO quase declarou falência.

Mas… e depois disso? Como a marca alcançou o sucesso global que tem hoje? A resposta está em algo que a LEGO faz como ninguém: inovar sem perder a essência. Com um público fiel há décadas, a empresa conseguiu surpreender seus fãs com parcerias estratégicas e criativas. A primeira grande colaboração foi com Star Wars, em 1999, que não só marcou a estreia das colaborações licenciadas como também descobriu em mais de 200 conjuntos lançados e bilhões em faturamento.

De peça em peça, a LEGO construiu seu império!

E a partir daí, foi só construção em cima de construção: colaborações com Marvel, Harry Potter, Disney, Ferrari, Adidas e até o universo gamer com Fortnite e Mario, fizeram a marca crescer ainda mais. A série LEGO x Marvel bateu recordes de vendas, enquanto o crossover com Harry Potter impulsionou um aumento de 13% nas receitas globais da LEGO em 2020, mesmo em plena pandemia.

Cada collab é uma peça-chave que conecta fãs de diferentes mundos, transformando o LEGO em uma verdadeira especificidade da cultura pop. Nas redes sociais, os números impressionam: são mais de 10 milhões de seguidores no Instagram e 17 milhões no YouTube, consolidando o domínio da marca também no universo digital.

Todo fã de cultura pop já se encontrou (ou ainda vai se encontrar) nos feeds da LEGO. E você? Você tem algum LEGO marcante na sua vida… ou está pensando em montar o seu primeiro?


Confira o que a  equipe Flowww e você assistiu

  • Filme Amnésia 2000
    Amnesia (Filme)
    Esse é o filme típico que podemos arriscar em dizer que vai pra sempre ecoar em nossas mentes. Nolan nos joga direto na mente fragmentada do protagonista, fazendo o espectador sentir a perda da memória em tempo real, como se fizesse parte daquilo em alguma medida. Simplesmente fantástico!
    Assista no Prime Video
  • Série sobrenatural
    Supernatural (Série)
    O que começa como uma história de terror logo se revela algo muito maior. Na trajetória dos irmãos Winchester, somos convidados a refletir sobre o peso das escolhas, a complexidade dos laços familiares e os limites entre o bem e o mal. Em meio às batalhas e perdas, a lição que fica é que, por mais complicado que tudo pareça, sempre vale a pena seguir em frente.
    Assista no Prime Video

Luxo popular? Como a Burberry se reinventou para continuar sendo exclusiva.

Você já reparou como certas marcas ganham um ar de “vulgar” exatamente quando começam a ser usadas por mais pessoas? Pois é. Basta um item de luxo cair nas mãos da população que, em uma fração de segundo, passa a ser considerado ultrapassado.

Foi parar no xadrez!

A Burberry, marca britânica de luxo, é um caso típico dessa “massificação”. Sua icônica estampa xadrez, o Burberry Check , criada no início do século XX e registrada como marca em 1920, surgiu como um detalhe nas roupas. Mas quando o padrão saiu dos bastidores e passou a estampar bonés, cachecóis e bolsas, o efeito foi outro: quanto mais visível e popular, menos exclusivo ele parecia.

O resultado disso foi que a elite, que antes usava com elegância a estampa, começou a rejeitá-la. Afinal, quem busca por exclusividade não quer ser visto como “mais um”, não é? E a coisa só piorou quando o xadrez passou a estampar produtos falsificados vendidos em larga escala, como uma enxurrada de peças com os traços da Burberry, mas que não eram originais.

Com a imagem da marca em declínio, a Burberry entendeu que era hora de um novo posicionamento. Foi aí que surgiu Christopher Bailey, diretor criativo responsável por reposicionar a Burberry como uma marca de luxo contemporâneo, apostando no design minimalista e campanhas estreladas por nomes como Kate Moss e Emma Watson.

Ok, aí você pode estar se perguntando: “beleza, mas e o xadrez contínuo banido?”. Não! Ele voltou, mas agora de forma estratégica, fazendo com o que tinha se tornado banal, voltasse a ser sinônimo de sofisticação e mostrando, mais uma vez, que o segredo não está em apagar o passado, mas sim em saber como se reinventar a partir do presente.


Do rebobinador ao algoritmo:  como a Netflix selou o destino da Blockbuster.

Era uma vez uma multa de 40 dólares para esquecer de devolver Apollo 13 no prazo. Assim começa o pitch (meio inventado) da Netflix e termina o império da Blockbuster, que já teve loja abrindo a cada 17 horas e virou relíquia de museu em menos de duas décadas.

O que aconteceu? Em termos schumpeterianos: destruição criativa. Na prática: o futuro não pediu licença.

Joseph Schumpeter, economista austríaco com alma de ficção científica roteirista, já previa em 1942 que a inovação não pede licença: ela chega, troca tudo de lugar e quem não acompanha, cai. Foi assim com os VHS, depois com os DVDs, e agora com os algoritmos de streaming, a IA generativa e outras invenções futuristas que não param de acontecer.

Blockbuster: auge, queda e multa por atraso

No topo do mundo em 2004, a Blockbuster tinha 9.100 lojas, 84.300 funcionários e um modelo de negócio baseado em multas. Só em 2000, foram US$ 800 milhões. Era questão de tempo até alguém perceber: dava pra fazer melhor.

Foi aí que a Netflix entrou com sua proposta indecente: zero multa, DVD na sua casa, interface que entendia você melhor que seu terapeuta. E o resto virou história.

A ex-rainha das locadoras sentiu a pressão no mundo todo. No Brasil, virou Americanas Express: menos fitas, mais prateleiras.

O império das fitas rebobinadas teve a chance de comprar a Netflix por US$ 50 milhões. Achou caro, desdenhou e perdeu o protagonismo. O futuro abalado em frente.

Antes do streaming, o clube do DVD postal da era Netflix. Mas trouxe dois trunfos: conveniência e personalização. Um clique e o futuro chegava na sua caixa de correio.

Depois, vieram os algoritmos, o binge watch, os originais. É uma nova forma de ver tudo. A destruição criativa entregou o que prometeu: mudou o jogo.

Se em 1997 ninguém imaginava que criar vídeos para a internet daria dinheiro, em 2025 ignorar o novo ainda é o jeito mais rápido de estudo de caso. E agora, com a IA na direção, quem dita o roteiro?


Rapidinhas da Salvação🙌


Pensamentos de pensadores
para você pensar.

Victor-Hugo

“Se você perder, acha-te nas coisas que ama.” -Vitor Hugo 


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O tempo passou e aqui estamos em mais uma finaleira do  Almanaque  do Futuro! Obrigado por passar um tempo precioso do seu dia com a gente nessa viagem pelos anos, ideias e marcas que se reinventam constantemente. Até a próxima e…

Nós vemos no futuro! 🚀