Almanaque do Futuro 261
02 de junho de 2025
Olá, almanáticos, como estamos? Na metade do ano já, né? Junho chegou e com aquela sensação de que o tempo voa. O futuro segue acontecendo, e a gente segue de olho nele. Então, bora pra edição 261 do seu semanário favorito!
Ótima leitura! 🧡
Somos oficialmente velhos! Estamos agora mais próximos do ano de 2050 do que do ano 2000
Foi no dia 1º de junho de 2025 que oficialmente ficamos mais próximos do ano de 2050 do que do ano 2000. E essa informação, por mais curiosa que pareça, diz muito sobre o nosso presente. O tempo passa — e, com ele, mudam também os nossos pontos de referência.
Se em 2000 a tecnologia cabia no bolso, literalmente, em celulares monocromáticos com antena e jogos em pixel como o clássico Snake, hoje ela cabe no berço. As crianças nascem diante de telas Full HD, são filmadas, escaneadas e monitoradas antes mesmo de dizerem a primeira palavra.
Os anos 2000 foram há tanto tempo assim?
Criamos uma adaptação tão rápida e silenciosa que passamos a viver do nosso próprio passado em tempo real. Aquilo que era promessa virou rotina: IAs, realidade virtual, carros que dirigem sozinhos… enquanto outras ideias ainda parecem distantes demais — como criar uma Atlantis 2.0 ou tirar férias em Marte.
O que era ficção virou nossa tela inicial. A geração dos anos 2000 cresceu jogando em 16 bits. A geração de 2025 nasce interagindo com sensores de movimento, comandos de voz e reconhecimento facial. O botão “enter” virou comando de voz. O download virou streaming. A dúvida virou: “pergunta para a IA”.
O Almanaque do Futuro observa com precisão analógica este presente hiperconectado, em que seguimos esperando por promessas lançadas ainda nos anos 2000: como energia infinita, inteligência doméstica realmente funcional ou, quem sabe, cidades verdadeiramente inteligentes.
Se 2050 vai cumprir essas projeções ou apenas lançar uma nova leva de promessas ainda mais ambiciosas, é impossível prever. Mas, quando acontecer, definitivamente estaremos lá.
Mistério em alto mar: Mais de um quinto do oceano global escureceu nas últimas duas décadas
Imagina só: a luz do sol, que faz o oceano brilhar e sustenta quase toda a vida marinha, está sumindo. Literalmente.
Um novo estudo mostrou que, nas últimas duas décadas, mais de 20% dos oceanos ficaram mais escuros. A camada onde o sol penetra e alimenta peixes, plâncton e todo tipo de vida, chamada zona fótica, está encolhendo rapidamente. Em algumas áreas, a luz penetra até 100 metros menos do que antes. É como se uma sombra gigantesca estivesse engolindo o azul do mar.
Zona fótica: o coração do oceano está em risco
Esse apagão não é só um efeito visual. A zona fótica é onde acontece a mágica: quase 90% da vida marinha depende dela para viver, se reproduzir e prosperar. Quando essa luz some, tudo fica mais difícil para o oceano e para a gente, que dependemos dele para o ar que respiramos e o peixe no prato.
E quem é o responsável por esse blecaute? Não tem um vilão só. Sedimentos que a gente despeja perto da costa, mudanças na circulação dos mares por causa do aquecimento global, alterações nas comunidades de plâncton e por aí vai. É um combo que deixa o oceano cada vez mais escuro, especialmente perto do Ártico e da Antártida, regiões onde o clima está mudando mais rápido.
Estamos só começando a entender o tamanho do problema, mas já dá pra imaginar o estrago: menos luz, menos vida, menos oxigênio, menos equilíbrio. O oceano está pedindo socorro e a gente precisa ouvir antes que a situação fique cada vez mais sombria.
Confira o que a equipe Flowww anda assistindo
- Cara, Cadê meu Carro? (Filme) Uma comédia hilariante e totalmente absurda que colocou Ashton Kutcher e Seann William Scott em uma aventura a lá Se Beber Não Case, onde descobrem que sua noite anterior foi tão insana que se envolveu até em uma conspiração que ameaçava o universo. Assistir no Disney+
- Malcom (Série) Falando nos anos 2000, foi neste ano que uma sitcom com um humor brilhante, sobre um garoto de 9 anos, ganhou vida. Malcom é quase como um Todo Mundo Odeia o Chris da geração passada e o pai dele hoje em dia é tão famoso quanto o pai do Chris. Assistir no Disney+
O ”grande” Kim está te observando! Como funciona o smartphone contrabandeado da Coreia do Norte?
Existem lugares que despertam na gente uma curiosidade quase impossível de saciar. Um exemplo disso é a Coreia do Norte. Quem nunca quis ser uma mosca só pra saber o que acontece no país mais vigiado do mundo?
Na verdade, é difícil escapar dos olhares atentos do regime de Kim Jong-un, mas de vez em quando (beeeem de vez em quando), alguma coisinha passa despercebida.
Foi o que aconteceu recentemente, quando um smartphone norte-coreano contrabandeado caiu nas mãos de pesquisadores da BBC. O aparelho, que nunca deveria ter cruzado a fronteira, revelou um nível de controle estatal que parece ter saído dos livros de George Orwell, mas que na verdade, é a realidade nua e crua.
Censura na palma da mão
O celular foi programado para censurar automaticamente qualquer palavra ou expressão que possa ser considerada “subversiva” pelo regime. Como o nome “Coreia do Sul”, que vira “estado fantoche”, termo pejorativo usado pelo governo norte-coreano.
Achou bizarro? Pode piorar. Além da censura linguística, o aparelho tira capturas de tela a cada cinco minutos e envia automaticamente às autoridades, sendo que o dono do celular nem tem acesso a esses arquivos.
Segundo especialistas, os smartphones se tornaram ferramentas centrais de doutrinação digital. É por meio deles que o regime barra a influência de conteúdos estrangeiros, principalmente os provenientes da Coreia do Sul, que muitas vezes entram no país clandestinamente.
Se isso tudo é tão familiar, é porque é mesmo. Anteriormente citamos George Orwell, e se você já leu 1984, provavelmente notou algumas semelhanças. Há muitos anos, o escritor britânico escreveu uma ficção de um mundo onde o Estado manipulava a linguagem para limitar a liberdade de pensamento, onde palavras desapareciam e ideias eram podadas na raiz.
O que ele talvez não tenha previsto, no entanto, é que décadas depois, um simples celular faria esse trabalho todo sozinho.
Reviravolta climática: China fez com que as emissões globais de CO2 caíssem pela primeira vez
E no meio do colapso climático global, uma boa notícia pra variar. Enquanto boa parte do mundo anda pisando no freio das promessas climáticas (alô, EUA, Austrália e Reino Unido), a China acaba de cravar um marco histórico: pela primeira vez, suas emissões de CO₂ caíram graças à energia verde.
Anota aí: a queda foi de 1,6% nas emissões em relação ao mesmo trimestre do ano passado e 1% no acumulado do ano. E não, isso não aconteceu porque o país consumiu menos energia, na verdade, a demanda cresceu. Uma diferença? É que a energia que moveu esse aumento veio, em boa parte, de fontes limpas como solar, eólica e nuclear.
Quando a energia limpa não é só promessa, é realidade
Essa é a primeira vez que a China consegue associar a redução das emissões diretamente à expansão da energia limpa, não a uma crise ou desaceleração. Ou seja, é mais do que um descanso temporário. Pode ser, de fato, o começo de uma mudança estrutural.
Para você ter uma ideia do tamanho do papel, hoje a infraestrutura de energia limpa já representa mais de 10% do PIB chinês, superando até o setor imobiliário. E as projeções são gigantes: até 2030, a China poderá concentrar metade de toda a energia renovável do planeta.
Claro, ainda tem muita coisa pra ajustar, a dependência do carvão não faz parte do dia pra noite. Mas convenhamos, é um baita sinal de que o futuro (ao menos em parte) já começou.
Rapidinhas da Salvação
- McDonald’s promove um lançamento inédito com velas aromáticas .
- Empresa japonesa faz segunda tentativa de pouso na Lua
- Franklin Templeton relaciona IA e energia limpa na campanha See the Big Picture
- A música era melhor uma vez ou nós estamos ultrapassados?
- Qual será o cheiro do espaço?
Pensamentos de pensadores
para você pensar.
“A maneira como passamos os nossos dias é, naturalmente, a maneira como passamos as nossas vidas.” -Annie Dillard
Se o tempo não para, a gente também não. Junho tá só no aquecimento e o futuro segue acontecendo, com ou sem você. Então fique esperto, porque na próxima edição tem mais spoiler do que vem aí.
Até a semana que vem! 👽