Fascinante! A diferença entre você e um robô é apenas a matéria prima

Tempo de Leitura: 12 minutos

Almanaque do Futuro 264

27 de junho de 2025

O futuro pensa, sente, traduz, calcula, ou tenta. Entre sinapses e circuitos, a pergunta permanece: onde termina o humano e começa a máquina? Ou será que já nem há fronteira? Talvez o melhor do futuro não seja entender tudo, mas siga fazendo as perguntas certas. 

Boa leitura! 🦒


Sobre homens e máquinas: Neurônios do cérebro funcionam como uma rede de computadores.

O cérebro humano é uma maravilha bioelétrica. Carrega cerca de 100 bilhões de neurônios e opera com uma eficiência energética absurda. Toda essa sinfonia neural consome menos energia que uma lâmpada doméstica. Enquanto isso, os supercomputadores mal arranham a superfície dessa capacidade, engajando em cálculos paralelos, consumindo megawatts e esquentando salas inteiras.

 

Mas se a natureza já criou o computador mais poderoso do universo conhecido, por que não copiá-lo? Por que não fundir homem e máquina, imitar o cérebro, não só em performance, mas em estrutura?

 

Só que o buraco vai ainda mais fundo

Novas pesquisas mostram que não basta tratar o neurônio como uma unidade básica de processamento. Seus dendritos, esses “cabos de entrada” parecem ser minicomputadores por si só, realizando cálculos locais antes de qualquer decisão sináptica. 

 

Cada nova descoberta revela o quanto o cérebro é não-linear, plástico e adaptável. A memória, por exemplo, não é armazenada em um local fixo como num HD, e sim é espalhada, fluida, construída no próprio circuito. Durante o sono, o cérebro revisita experiências, solidifica memórias efêmeras, reconstrói o passado com um toque de ficção. É o chamado “aprendizado offline”, algo que os engenheiros de IA mal começaram a esboçar.

 

O Memristor, inventado nos anos 1970, voltou ao centro do jogo. Ele é uma espécie de resistor com memória, capaz de reter estados anteriores e, com isso, simular a plasticidade sináptica. 

 

Uma linha tênue entre consciência real e design eficiente

Mesmo que possamos imitar o cérebro, isso não implica necessariamente que o resultado seja inteligente. A IA pode ser uma simulação funcional sem consciência, desejo ou intenção. Além disso, há riscos bioéticos imensos, especialmente se o acesso à “fusão” for elitizado.

 

Mas se o cérebro é, de fato, o hardware mais eficiente já criado, então fundi-lo à máquina não é só possível, mas também resultou. Podemos estar diante de uma nova espécie: um sistema híbrido, onde sinapses e circuitos trocam dados em tempo real. O homo sapiens pode estar preparado para dar lugar ao homo sentiens sintético.

 

Porém…

Talvez sejam os neurônios de um sistema maior, rodando numa realidade inventada por uma entidade entediada, ou talvez apenas uma versão beta da Matrix, testando os limites entre simulação e consciência. 

 

No fim, talvez sejamos ao mesmo tempo: o criador, o código e a ilusão, tentando apenas recarregar a própria bateria.


Universo mental: As duas grandes teorias da ciência sobre como a consciência funciona.

Direto do ringue mais enigmático da ciência: duas das maiores teorias sobre consciência cerebral se enfrentaram num experimento global, e nenhuma venceram.

 

Foram anos de debate entre a Teoria do Espaço de Trabalho Neuronal Global e a Teoria da Informação Integrada. O plano? Criar uma “colaboração adversária” , sim, esse nome existe, reunindo pesquisadores de diferentes campos para testar variações alternativas, sem torcida organizada.

 

A primeira teoria aponta que a consciência acontece quando há uma “ignição” neural no córtex pré-frontal, uma espécie de “explosão” que torna o conteúdo mental disponível para várias partes do cérebro. Já a segunda defendo que tudo está no córtex posterior, onde a percepção consciente se manteria com uma sincronização sustentada.

 

Mais perguntas do que respostas, mas um avanço importante

Os testes foram feitos por equipes neutras, com metodologias cegadas contra o que viés do “minha teoria é melhor que a sua”. Resultado? Nenhuma das teorias saiu consagrada. Não retornou a tal ativação, nem a tal sincronização. No entanto, o duelo trouxe algo valioso: uma nova forma de fazer ciência mais honesta e menos apaixonada.

 

No fim das contas, o enigma da consciência permanece vivo. Mas agora, com menos achismo e mais ciência. E isso, convenhamos, é uma vitória do futuro.


Confira o que a equipe Flowww está assistindo


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Google Tradutor, ChatGPT, eles falam e nós acreditamos? Não deveríamos!

A IA sabe de muita coisa! Mas não de tudo. Mesmo já tendo sido devorados praticamente toda a internet, os modelos de Inteligência Artificial ainda escorregam feio quando o assunto envolve línguas um pouco faladas, tarefas muito específicas e até as mesmas situações de emergência.

 

Confie em sua conta e risco

O que você acharia se, de repente, seu advogado fosse te defender com base em leis que não existem? Impossível, né? E se, por acaso, seu médico passou um diagnóstico errado e isso levasse a um tratamento que lhe prejudica? Pois é. Tudo isso pode (e já começou a) acontecer.

 

Então é bom se atentar. Pedir pro chat traduzir uma legenda? OK. Talvez escrever uma declaração de amor? Aí vai de você. Mas, definitivamente, se o assunto é mais sério, ainda é mais do que necessário o toque humano para garantir que tudo esteja certo de verdade.

 

Mais e mais ferramentas de pesquisa com IA estão sendo criadas, mais baratas, mais rápidas. Mas estão mais assertivas? É aí que mora uma dúvida. A gente precisa lembrar sempre: por mais que a Inteligência Artificial pareça o suprassumo do saber, ela ainda está aprendendo. E como a gente sabe… aprender leva tempo.

 

Sangue de laboratório? Cientistas testaram sangue artificial pela primeira vez em humanos.

Que o corpo humano não existe sem sangue, todo mundo sabe. Mas você já parou para pensar no quanto dependemos desse líquido vermelho que corre pelas nossas veias? E como seria, num futuro próximo, esse mesmo sangue poderia ser produzido em laboratório?

 

Recentemente, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) anunciou os primeiros testes com hemácias (os glóbulos vermelhos do sangue) criados a partir de células-tronco humanas e infundidas em voluntários.

 

Uma fantástica fábrica de hemácias

O processo imita o ciclo natural do corpo, onde as células-tronco são colocadas em um ambiente especial, cheio de nutrientes, e são estimuladas a se transformarem em hemácias jovens e flexíveis. 

 

Em cerca de 18 dias, essas células já estão prontas para circular pelos vasos sanguíneos. E você sabe o mais surpreendente? Elas podem durar mais tempo do que as hemácias produzidas naturalmente pelo nosso organismo.

 

Embora esse avanço seja bastante animador, ainda temos um longo caminho pela frente. A hematologista Fernanda Azevedo Silva, da UFF, lembra que nosso corpo é bem exigente e tem formas naturais de detectar e eliminar células que não se comportam como originais. 

 

Por isso, para garantir que essas hemácias sintéticas sejam seguras e eficazes, ainda serão necessários muitos testes e ajustes, e esse processo pode levar de 5 a 15 anos antes que o sangue produzido em laboratório possa ser usado com segurança em hospitais. 

 

E aí, você teve coragem de ter um sangue feito em laboratório correndo pelas suas veias?

 


Rapidinhas da Salvação🙌


Pensamentos de pensadores
para você pensar.

“A angústia é a vertigem da liberdade.” – Soren Kierkegaard

 


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O futuro se revela no espaço onde o conhecido se encontra com o incerto, ali onde as ideias se cruzam, se transformam e desafiam o que julgamos definitivo. É nesse terreno fluido que a inovação nasce, não nas respostas simples, mas na coragem de abraçar o mistério e o inesperado.

Que neste final de semana você encontre tempo para sentir o mistério e acolher o novo. 🧡

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