Aprecie mais este editorial. Boa leitura.
Não é só futebol! A história por trás do exoesqueleto que deu o chute inicial da Copa de 2014.
Eu sei, quando se fala na Copa de 2014 a maioria dos brasileiros já fica triste. Mas calma, aqui nós vamos falar sobre algo que traz orgulho para o nosso povo e que infelizmente teve pouca atenção da mídia.
O simbólico chute inicial da abertura da copa naquele ano, foi dado por um ex-atleta olímpico paraplégico, com a ajuda de um exoesqueleto robótico, que ele comandou com impulsos cerebrais. Veja bem, um ex-atleta, que perdeu os movimentos dos membros inferiores, pôde ficar de pé e executar um chute por vontade própria, comandando uma máquina através do seu próprio cérebro.
Talvez você não lembre, ou sequer tenha visto, já que a televisão deu ridículos 3 segundos de destaque para esse grande feito, comandado por um grande cientista brasileiro.
Ciência 7×1 Futebol
Miguel Nicolelis é simplesmente um dos brasileiros mais brilhantes da atualidade. Ele é um médico, cientista e professor de neurobiologia e engenharia biomédica na Duke University, que atua na área da neurociência, estudando a integração entre cérebros e máquinas. E isso é só o resumo do resumo, precisaríamos de um tópico inteiro para falar sobre seu currículo.
Sabe aquelas histórias de chips cerebrais que você ouve de um certo milionário? Pois então, tudo isso começou com o professor Miguel Nicolelis, foi ele quem criou e desenvolveu os implantes invasivos corticais para interface cérebro máquina. Inclusive, alguns dos fundadores da Neuralink foram seus alunos.
Mas antes que se criasse um hype sobre esse assunto, no longínquo 12 de junho de 2014, o professor liderou uma equipe de cientistas do mundo todo para mostrar seu incrível trabalho na abertura da copa. Inicialmente a equipe receberia 10 minutos para mostrar para o mundo aquele incrível exoesqueleto, mas por interesse econômico o tempo da equipe acabou por ser reduzido para apenas alguns segundos, demonstrando o total desinteresse da mídia e da comissão organizadora por aquela tecnologia que mudaria a vida de muitas pessoas.
Em testes, o exoesqueleto robótico em questão não só ‘’devolveu’’ as capacidades neurais de comando aos pacientes, como também a sensação de tato. Sim, através de sensores ligados ao sistema nervoso, eles eram capazes de perceber o tipo de terreno em que estavam pisando enquanto usavam o protótipo. Inclusive, o paratleta Juliano Pinto, que deu o chute inicial da copa, pôde sentir a bola ao tocá-la. Por mais que já não tivesse mais a capacidade de perceber sensações nos membros inferiores, seu cérebro voltou a ter a sensação de estar andando e sentindo objetos.
E mais do que isso, para a surpresa da equipe, após os testes, os pacientes estavam apresentando uma pequena recuperação natural da sensibilidade e da movimentação. E isso é simplesmente incrível! Alguns circuitos neurais, desligados após lesões medulares, de alguma forma, apresentaram uma recuperação parcial neurológica pela primeira vez na história.
Outro ponto importante é que, ao contrário dos chips cerebrais da Neuralink, os projetos desenvolvidos pelo professor Nicolelis não são invasivos. O exoesqueleto usado na copa, por exemplo, lê e interpreta os sinais neurais através de eletrodos acoplados no couro cabeludo, sem a necessidade de instalar nenhum tipo de tecnologia no paciente através de cirurgias.
Todos esses estudos são importantíssimos para o futuro da medicina na área da recuperação de movimentos para vítimas de acidentes com lesões medulares no futuro. Hoje o professor segue desenvolvendo seus estudos com o projeto Walk Again Project.
Você também pode conhecer esse gênio tupiniquim em entrevistas espalhadas pelos podcasts no YouTube afora, que mostram que, além de ser uma mente brilhante, ele também é gente boa demais.
Ligações secretas? Máscara silenciosa permite que ninguém ouça suas conversas.
Quem nunca teve um momento de tranquilidade interrompido por alguém atendendo àquela ligação de negócios mais barulhenta do mundo em público? Pois é… mas, pode ser que os seus problemas tenham acabado com a ajudinha de um grupo de empresários, engenheiros e profissionais aeroespaciais responsáveis pela SkyTed.
A SkyTed é uma espécie de máscara disruptiva de absorção de som ao ar livre, isso quer dizer que ela é projetada para criar um “cone de silêncio” em torno da sua boca enquanto você realiza suas ligações particulares, participa de alguma reunião importante, ou até, precisa de uma privacidade ultrassecreta para seus jogos online.
A campanha foi iniciada por Stephane Hersen, ex-chefe de desenvolvimento de negócios da da Ásia-Pacífico, da empresa aeroespacial Airbus: “Eu criei o SkyTed para responder a um problema da companhia aérea”, escreveu Hersen na biografia de seu projeto no Kickstarter. “Como podem 300 passageiros receber uma chamada durante um voo sem afetar o silêncio da cabine?” Em outras palavras, Hersen busca encontrar uma maneira para que os passageiros possam atender ligações importantes, fazer vídeo chamadas e o que preferirem, sem interferir os outros viajantes que estão desfrutando de um momento de relaxamento enquanto esperam ansiosos pela chegada no seu destino final.
Tecnologia aeroespacial
Para garantir a funcionalidade principal da máscara silenciosa, a SkyTed colaborou com a Airbus, o laboratório aeroespacial francês ONERA e a Agência Espacial Europeia, permitindo acesso à inovadora tecnologia de silenciador de motor a jato da ONERA, LEONAR (Long Elastic Open Neck Acoustic Resonator).
Utilizando o material de nível militar, a máscara é capaz de absorver as frequências da voz humana e permitir que as ondas sonoras permaneçam em um ambiente controlado, evitando que vazem. Essas ondas vêm dos usuários falando no microfone condutor ósseo da máscara, que transmite vibrações sonoras através das maçãs do rosto em vez do ar, abafando a voz em até 80%.
Com essa inovação no mundo das máscaras e da comunicação você pode falar sobre aquele assunto secreto, contar segredos, ou até montar uma estratégia de jogo infalível sem ninguém perceber. O que será que o futuro reserva para nós nas próximas invenções?
Confira o que a equipe Flowww anda assistindo
Náufrago (Filme)
Já se imaginou vivendo sozinho em uma praia inóspita por 4 anos contra sua vontade? Tom Hanks já passou por isso nesse clássico que imortalizou uma bola de vôlei como um personagem mudo memorável na história do cinema.
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Sweet Tooth (Série)
Nessa aventura em um mundo pós-apocalíptico um menino-cervo muito adorável procura por uma família e um lar na companhia de um amigo um tanto quanto rabugento. Vale a pena assistir pelos momentos de fofura!
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Collab do ano: À convite de Pharrell Williams, Tyler, The Creator, cria coleção com Louis Vuitton
Será que já podemos considerar esse o ano das collabs? Em apenas dois meses já vimos tantas parcerias incríveis que fica difícil imaginar o que de mais extraordinário pode vir por aí. Mas como bons seres humanos, estamos constantemente sendo surpreendidos! E dessa vez, não foi diferente com Tyler, The Creator se juntando a Louis Vuitton de Pharrell Williams.
Tyler teve desde sempre uma relação muito próxima com a marca de luxo, principalmente durante o legado do diretor criativo, Virgil Abloh, fazendo parte até mesmo da trilha sonora do primeiro desfile da LV após a morte de Abloh.
E dessa vez, buscando novos horizontes além da sua própria marca Golf le Fleur, Tyler, convidado por Pharrell Williams, se aventura em um novo território criativo com uma série de produtos, dentre eles: meias, sandálias, malhas inspiradas no golfe, shorts e uma edição especial de 8.000 euros (aproximadamente 360.000 mil reais) do famoso bau Courrier Lozine 110 da LV – para quem é fã do rapper, sabe que baús e maletas foram muito importantes para a criação do seu último trabalho musical “Call Me If You Get Lost”.
Um pouco do Tyler em cada peça
Além disso, a nova coleção também trouxe um terno marrom e acessórios de couro em uma versão super especial desenhada pelo próprio Tyler, com o monograma da Louis Vuitton e apelidado de “Craggy Monogram”.
“Tyler é meu amigo próximo e colaborador há anos. Admiro o olhar dele e sempre estivemos conectados por meio da música, da moda e da joias. Ele não tem medo de fazer algo interessante e diferente. Tudo o que o Tyler faz é atencioso e autêntico. Fizemos algo completamente novo com este projeto que funde nossos dois mundos e o resultado é exclusivamente LV’’, explica Pharrell, em entrevista para a WWD.
Estamos diante de uma coleção que celebra não apenas a moda, mas também a colaboração artística, onde Tyler e Pharrell com muita criatividade incorporam criatividades de seus universos singulares e deram vida a um projeto autêntico e que promete fazer história na marca da Louis Vuitton.
Bola furada: Wilson lança bola de basquete sem ar feita com impressão 3D.
Você já furou uma bola na infância e ficou triste por isso? Agora imagine-se voltando pro passado para dizer para você mesmo que no futuro as bolas virão furadas de fábrica. Seria um tanto quanto confuso, né? Mas é essa é a grande novidade da Wilson, bolas furadas! E ao contrário do que uma criança do passado pensaria, elas parecem ser incríveis!
A marca está lançando a primeira bola de basquete feita com impressão 3D. A Airless Gen1, além de unir o design original de uma bola de basquete com um design bastante curioso e futurista, é feita de polímero e criada para emular o peso, o quique e o vôo de uma bola oficial.
Como a bola é feita de um pó sinterizado a laser, criado pela Wilson Labs em Chicago, os furos na sua construção foram feitos para facilitar a limpeza desse pó quando o produto é finalizado, o que acabou dando uma aparência única à bola.
Parte da história do esporte.
A Wilson Sporting Goods Co. foi a primeira fornecedora de bolas da NBA, fazendo parte da história da liga durante seus primeiros 37 anos, de 1946 até 1983. A partir desse ano a Spalding passou a ser a fornecedora oficial dos jogos e em 2006 até tentou mudar a tradicional bola feita de couro por uma bola sintética, que foi amplamente criticada pelos jogadores por conta das lesões que ela causava nas mãos dos atletas. O experimento da ‘’New Ball’’ durou apenas 3 meses. Passados outros 37 anos de história da NBA ela mudou novamente sua fornecedora, voltando para sua velha amiga Wilson, que assumiu de novo uma parceria com a liga, a partir da temporada 2020/21.
A nova Airless Gen1 promete resolver alguns problemas de pressão e desgaste das bolas tradicionais atuais. Elas tem edições limitadas, saindo pelo salgado valor de $ 2.500 cada. Mas por enquanto não devemos esperar vê-la em jogos oficiais da NBA, até porque, no novo contrato da Wilson com a liga, ficou especificado que as bolas oficiais devem ser feitas em couro, certamente pelo trauma causado pelas bolas sintéticas da Spalding.
O conceito de bola 3D, por enquanto, serve apenas para desafiar as tradições e a forma como as coisas são feitas e impulsionar a adoção da impressão nos meios de produção, o que acaba sendo interessante para a indústria pela redução nos custos. Além de ela oferecer a solução para o maior problema das bolas (o fato de elas murcharem), ela ainda traz um charmoso quique quase silencioso e ainda desbloqueia a possibilidade de uma produção mais sustentável para o esporte.
Nos vemos no Futuro.