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Almanaque do Futuro 195

16 de fevereiro de 2024

Olá, como você está? Esperamos que tudo esteja bem na sua vida. Por aqui começando mais um Almanaque do Futuro do mesmo jeito que você se acostumou a receber: Curioso, enigmático, informativo, controverso e fascinante como sempre foi desde a primeira edição. Chegamos no exemplar número 195 do seu semanário mais futurista que você tem notícia e te convidamos agora a entrar em nosso mundo de acontecimentos que revelam hoje muito sobre o que está acontecendo com o nosso amanhã.


Fragmentada: Medalhas das Olimpíadas de Paris terão pedaços da Torre Eiffel.

O tempo passa mesmo voando… você mal piscou o olho e já estamos em ano de Olimpíadas novamente. E dessa vez, a 34ª edição do evento acontece mais uma vez na França, o que coloca o país no terceiro lugar do ranking de países que mais sediaram os Jogos de verão. Marcadas para iniciar em 26 de julho, as Olimpíadas de Paris devem contar com mais de dez mil atletas competindo em 33 modalidades diferentes e a participação de mais de 200 países.

Como uma tradição já presente nas edições de outros países, o Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024 revelou o design das medalhas olímpicas e paralímpicas. O que ninguém esperava é que no meio de cada uma das 5.084 medalhas que serão entregues, haverá um fragmento original de ferro da Torre Eiffel. A iniciativa tem como objetivo não apenas celebrar a volta dos Jogos à Cidade das Luzes – França -,  mas também oferecer aos atletas uma lembrança eterna e memorável da sua conquista em solo francês.

Todo o design das medalhas foi realizado em parceria com a joalheria Chaumet, do grupo LVMH e as mesmas foram produzidas na casa da moeda oficial da França, a Monnaine de Paris, que há 100 anos fabricou as medalhas para as Olimpíadas de Paris, em 1924.

Não se preocupe, o monumento não foi ferido no processo

Os fragmentos utilizados nas medalhas são heranças das reformas do século XX da Torre Eiffel, cuidadosamente preservados pela Société d’Exploitation de la Tour Eiffel até então. Estes pedaços, agora gravados com a logomarca dos Jogos de Paris, formam um hexágono que remete ao contorno geográfico da França, apelidada de “L’hexagone”.

Além disso, a parte de trás das medalhas apresentam a tão famosa imagem de Nike, a deusa grega da vitória, em frente ao Estádio Panathinaikos, que aparece em todas as medalhas desde 2004, trazendo junto de si a Torre Eiffel, representando a junção da grécia antiga às origens francesas dos Jogos modernos.


Da crise à criatividade: Loja fatura R$ 1,8 milhão com lives no Instagram.

Apesar de não ser novidade que hoje em dia as redes sociais são fundamentais para as empresas, nem todo mundo consegue obter os resultados desejados nas mídias digitais. Bem, esse não é o caso das irmãs Thaís F. Figueira Vidotto e Nathália L. Figueira, proprietárias da loja Figueira Chic, que apostaram em uma ideia sagaz durante a pandemia para evitar que o empreendimento fechasse: as lives do Instagram!

Voltando um pouco na história, ainda antes da inauguração da loja em 2018, desde 2013 as irmãs e sócias Thaís e Nathália já revendiam peças para colegas da faculdade, amigas próximas e familiares, onde publicavam as fotos no Facebook e Instagram como meio de divulgação dos produtos. Além disso, paralelamente à atividade nas redes, recebiam as clientes em casa. Porém, em virtude do grande número de pessoas que começaram a receber, logo tiveram que abrir um espaço físico.

Foram investidos cerca de R$ 75 mil na montagem das instalações e no estoque da loja física. E ainda naquele ano, as irmãs contrataram blogueiras, recorrendo ao marketing de influência para divulgar o negócio, além de manterem frequência diária de postagens no Instagram, até o momento em que uma das proprietárias, Thaís, passou a participar ativamente na rede, aparecendo para mostrar looks pelos stories, gerando uma identificação com a sua presença do outro lado da tela e criando uma comunidade virtual.

A pandemia como um divisor de águas

Assim como aconteceu para muitas empresas no Brasil, a pandemia quase levou a Figueira Chic à falência. As vendas caíram drasticamente, e apesar das medidas tomadas, a situação ainda continuava no mesmo lugar. Diante disso, a alternativa encontrada foi fazer uma Live na tentativa de vender peças e queimar o estoque.

A primeira experiência com as transmissões ao vivo foi em abril de 2021 e rendeu muito mais do que o esperado. Sem seguir regras e com muita autenticidade, as vendas deram um boom graças a comunidade que já estava consolidada no perfil e assim, esse novo método de vendas fez com que a loja das irmãs faturasse cerca de R$ 1,8 milhão.

Essa ideia foi tão promissora que até hoje as irmãs fazem transmissões semanalmente, com as quais garantem aproximadamente 70% das vendas do mês. Impressionante, não é mesmo? Esse caso de sucesso é mais uma das histórias que tomaram um novo significado a partir da pandemia que abalou a vida de todos, e principalmente para aqueles que tiveram a missão de se reinventar no mundo dos negócios.


Confira o que a equipe Flowww anda assistindo


  • Onde os Fracos Não Têm Vez (Filme)
    Um faroeste dos tempos modernos, seco e violento. Mostra que na vida real devemos apenas aceitar as mudanças e que nem sempre o final é feliz. Em 2007 o filme levou 4 prêmios do Oscar, incluindo melhor filme e melhor direção. Além de apresentar um dos psicopatas mais arrepiantes do cinema.
    Assista

  • Bom Dia, Verônica (Série)
    Depois de muito aguardar, a Netflix lançou a temporada que encerra a trama da história que aborda a policial que, ao investigar um predador sexual, acaba descobrindo um casal com um segredo terrível e um esquema de corrupção sinistro.
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One Love: filme baseado na história de um dos maiores ícones da música mundial.

Ele morreu há mais de 40 anos e ainda é uma figura presente na cultura popular e na memória dos fãs. Seu legado conta com uma curta, porém notável, discografia, que foi importantíssima para a consagração do reggae como um gênero de sucesso da música mundial. E teve um protagonismo relevante na crise que assolou a Jamaica nos anos 70, sofrendo uma tentativa de assassinato e sendo condecorado pela ONU com a Medalha da Paz do Terceiro Mundo.

Agora a vida e obra do rei do reggae ganha os cinemas com o filme Bob Marley: One Love, sendo interpretado pelo ator inglês Kingsley Ben-Adir.

The King of Reggae

Não é à toa que ele carrega a alcunha de rei do gênero musical criado na Jamaica. Sua carreira na música começou com The Wailers em 1962 e além de Bob, a banda ainda contava com outras figuras importantes para a música da época, Peter Tosh e Bunny Wailer. A partir dos gêneros de raiz dos anos 60, rocksteady e ska, Marley e sua banda ajudaram a moldar o reggae como é conhecido hoje. Após uma fase inicial falando sobre os rude boys, a juventude rebelde da época, o direcionamento da banda mudou e passou a propagar o rastafari, a religião a qual eles pertenciam. Com mensagens fortes, muita positividade e um carisma único a música foi o seu caminho para o sucesso.

Os lançamentos dos discos Catch a Fire e Burnin’, ambos de 73, foram sucesso mundial, mas algumas desavenças entre Marley e Peter Tosh acabaram por desfazer o núcleo da banda, tanto Tosh quanto Wailer saíram do grupo. Seu próximo disco, Natty Dread, trazia um forte cunho militante em meio a violenta crise que a Jamaica passava. Músicas como ‘’Revolution’’ tiveram uma resposta contundente das autoridades e Marley e aqueles ao seu redor passaram a sofrer com abusos da polícia. E foi nesse cenário que ‘’No Woman, No Cry’’, um dos seus maiores sucessos, foi escrito. Nessa época uma turnê na Europa rendeu o icônico e altamente recomendado disco ao vivo Live!

Em 76 a Jamaica se via em um tenso e violento período de eleições, onde jovens militantes faziam das ruas um cenário de guerra, defendendo partidos políticos opostos. Marley resolveu fazer um show gratuito pela paz e pela união da juventude. O então primeiro ministro da Jamaica demonstrou seu apoio pela apresentação e isso revoltou defensores do lado oposto. Dois dias antes do show, o estúdio onde Marley e sua banda se preparavam para ensaiar, foi invadido por pistoleiros que abriram fogo contra todos. Por sorte ninguém morreu, mas Marley foi atingido por um disparo no peito e outro no braço. Ainda assim, o show pela paz aconteceu.

Sua morte aconteceria apenas 5 anos depois, com a descoberta de um câncer. Marley gostava muito de jogar futebol e foi assim que um ferimento na unha do pé levou ao desenvolvimento da doença. Os médicos recomendaram uma amputação, mas isso seria uma blasfêmia, já que para o rastafarianismo o corpo é sagrado. Assim, em 1981 chegava ao fim a vida e a carreira de um homem que marcou a história do seu país e é lembrado até hoje, no mundo todo, pelo seu dom e pela sua mensagem.


Cybertruck: será que o caminhão futurista da Tesla entrega tudo que promete?

Quatro anos após a vergonhosa apresentação do Cybertruck, onde jogaram um rolamento de metal para provar que as janelas eram resistentes e elas simplesmente racharam inteiras, sabe qual foi a melhoria feita? Trocaram a esfera de metal por uma bola de baseball na apresentação de lançamento (haha). Mas não é esse o grande problema enfrentado pelos primeiros proprietários.

Prometeu demais.

Um dos seus diferenciais é a carroceria, feita inteiramente de aço inoxidável, que faz dela bastante resistente a batidas e amassados. Porém, segundo um membro do fórum Cybertruck Owners Club apontou que após apenas dois dias de chuva, ela começou a apresentar manchas alaranjadas de ferrugem. Ou seja, talvez o aço não seja tão inoxidável e se o proprietário vai ter que polir constantemente o veículo, não parece um bom preço a se pagar por um design arrojado.

Outro erro de design diz respeito às calotas hexagonais do Cybertruck, que excediam os limites da roda e ‘’abraçavam’’ o pneu. O problema é que o caminhão foi feito para suportar cargas pesadas e faz isso muito bem, por sinal. Porém, quando carregado, o peso faz com que os pneus se projetem para fora, entrando em contato com a calota, o que causava um desgaste considerável na borracha. Considerando que os pneus são de caminhão, se você tivesse que lidar com trocas constantes, iria pesar um pouco no seu bolso. Mas agora as calotas não vêm mais instaladas.

Outras reclamações no fórum oficial dizem respeito à quilometragem que o veículo elétrico prometia. No início do ano um youtuber americano colocou um Cybertruck para rodar e conseguiu alcançar pouco mais de 408 quilômetros rodados com carga completa, porééém, isso fica bem abaixo dos 515 quilômetros que a Tesla prometeu inicialmente. No site também é descrito que é um veículo ‘’robusto o suficiente para ir a qualquer lugar’’, mas pelo jeito a neve não está incluída nisso e muitos vídeos foram vistos mostrando a impotência dos caminhões perante a neve e um específico até quebrando ao ser testado no deserto.

Enfim, o Cybertruck chama muita atenção, não só pelo seu design diferenciado, mas também pela figura de Elon Musk, por isso não deixa de ser assunto. E se as suas qualidades vão superar as desvirtudes apresentadas até então, só quem está disposto a desembolsar R$ 840 mil vai descobrir.


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Pensamentos de pensadores
para você pensar.

“Algumas pessoas sentem a chuva,
outras apenas se molham.” – Bob Marley 


Chegamos ao fim de mais uma edição do seu Almanaque do Futuro. Como de costume, apresentamos uma série de conteúdos que estão modificando a nossa forma de enxergar a realidade hoje e amanhã. Agradecemos demais a sua leitura e esperamos te encontrar por aqui na próxima semana.

Nos vemos no Futuro.