EXTRA, EXTRA! O que achávamos impossível está acontecendo.
Tempo de Leitura: 9 minutos
Almanaque do Futuro 202
5 de abril de 2024
Bom dia, como estão as coisas por aí? Rufem os tambores, pois o seu semanário favorito acabou de chegar e está carregado de informações que certamente farão você ver o mundo de outra perspectiva. As mudanças estão acontecendo a cada instante, então vamos nessa!
Ótimo final de semana e excelente leitura!
Sora: a nova ferramenta de vídeos da OpenAI e seus impactos no audiovisual.
O ascendente crescimento das IA’s segue a todo vapor. Já conhecemos as que sabem escrever, as que sabem criar músicas, as que sabem desenhar e agora chegou a vez das IA’s videomakers, que já estão entre nós, inclusive em filmes lançados recentemente.
Já existem algumas ferramentas do tipo circulando por aí, mas quando a OpenAI entra no bolinho, a gente sabe que pode esperar algo grande. E a Sora, nome da ferramenta criada pela empresa, já está sendo testada e foi liberada para que alguns diretores de Hollywood brincassem um pouco com a novidade.
Martin Scorsese vai à loucura.
Assim como o ChatGPT ou o DALL·E, a Sora funciona através de prompts de texto. Você explica para ela o que você quer e ela criará o vídeo com base no que ela entendeu da sua descrição. Por exemplo, uma produtora que teve acesso à ferramenta queria criar um curta-metragem sobre um homem com cabeça de balão, curioso, né? Mas ela fez e sim, pode acreditar, todo esse vídeo foi feito pela IA. Ah, mas e se eu quiser criar um vídeo que tenha um flamingo com cabeça de girafa, um porco com asas e um gato com rabo de peixe? Ela vai fazer também e de uma forma brilhante! É claro que ainda existem algumas imperfeições aqui e ali, mas há pouco tempo atrás essas imperfeições eram ainda mais imperfeitas e tendem a ser ainda menos muito em breve.
Isso quer dizer que logo logo Hollywood irá sucumbir perante a tempestuosa invasão das inteligências artificiais? Calma, é cedo para falar, o público ainda tem grande preconceito com qualquer conteúdo ‘’profissional’’ que tenha sido feito com IA. Talvez isso se deva justamente ao fato de elas ainda não serem perfeitas. Mas assim que elas forem capazes de produzir um filme tão impecável que nem os mais chatos críticos de IA vão conseguir discernir se foi feito ou não por ela, o mundo deverá se render às graças dessas tecnologias.
Mas e os empregos perdidos? Sim, voltamos à estaca zero da discussão sobre esse assunto. Mas a questão é que isso é inevitável e o mundo sempre se moldou às suas próprias mudanças. Empregos desaparecem ao passo que novos empregos são criados e assim a vida na Terra se encaminha a uma nova etapa. E por outro lado, pense comigo, em meio a um futuro de filmes feitos por máquinas a valorização de um filme feito por um produtor humano, dirigido por um diretor humano e encenado por atores humanos será ainda maior. Isso quer dizer que os filmes reais não serão extintos, mas sim que a régua da qualidade irá subir consideravelmente. Provavelmente as produções filmadas com o famigerado fundo verde, por exemplo, podem chegar ao fim e convenhamos, não vamos sentir falta delas.
E como a tendência é que no futuro qualquer um possa criar um filme, ou qualquer conteúdo, dentro do seu próprio quarto, muitos talentos poderão ser descobertos graças a essas tecnologias. Imagine quantos Tarantinos, Scorsese ou Nolans da vida nunca foram descobertos por não terem acesso ao investimento de um estúdio de cinema. Logicamente teremos muito conteúdo ruim produzido e espalhado por aí, mas as pérolas também estarão espalhadas pela lama para quem quiser encontrar.
Eco-ansiedade: como as mudanças climáticas afetam também nossa saúde física e mental.
A expressão ‘eco-ansiedade’ existe desde os anos 90, mas só agora está sendo colocada em pauta e ganhando a devida projeção. Mas afinal, o que esse termo significa de fato? Bom, primeiro de tudo precisamos entender que não se trata de uma doença mental, e sim um fenômeno psicológico causado pela preocupação crônica com os impactos das mudanças climáticas no planeta e no futuro das gerações. Essa angústia ligada à crise climática que atormenta a mente da maioria da população mundial, principalmente de crianças e adolescentes, possui uma definição certeira e é caracterizada por um sentimento coletivo, muito diferente da ansiedade tradicional, onde cada indivíduo possui um medo mais particular. Mas lembre-se, a eco-ansiedade não afeta todas as pessoas da mesma forma, cada um possui as suas características.
Os sintomas estão principalmente ligados ao pânico, nervosismo, dificuldade para dormir e a sensação de que estamos atrasados para resolver algo urgente. Por outro lado, o tratamento para a eco-ansiedade é diferente da ansiedade tradicional e inclui apoio terapêutico, medicação quando necessário e encorajamento para encontrar maneiras de se posicionar no mundo e aliviar o risco percebido.
Mas agora fica o grande questionamento: porque os mais afetados são os Millennials e Geração Z? Em uma pesquisa realizada, há um crescente conflito geracional entre os jovens e seus pais sobre as responsabilidades pelas mudanças climáticas, sugerindo a necessidade de reconciliação intergeracional e a normalização do diálogo sobre o tema, mesmo com crianças pequenas.
Os jovens estão cada vez mais engajados e envolvidos sobre o assunto, levando a questionar seus pais o porquê colocá-los no mundo em meio a tantas catástrofes ambientais, que inclusive, é fruto de todas as ações do ser humano até os dias atuais.
A ligação entre a nossa saúde e a saúde da Terra.
Os impactos ambientais como queimadas, secas, aumento de temperatura, poluição do ar e fenômenos meteorológicos extremos são as principais causas que afetam a saúde física, mental e comunitária de diferentes formas.
No final das contas, a forma de vencer essa ansiedade é justamente colocar em prática tudo aquilo que ouvimos desde crianças. Aqui, mais uma vez, vamos bater na tecla sobre a importância de cultivar hábitos saudáveis para garantir um futuro menos ansioso e com uma mentalidade muito mais forte e nutrida pelo positivismo. Agora, veja algumas práticas simples que ouvimos desde pequenos na escola, em casa e no noticiário:
- Conscientização sobre as mudanças climáticas;
- Evite pequenas ações que poluem;
- Invista em uma alimentação saudável e na mobilidade sustentável;
- Pratique atividades sustentáveis, como ter uma horta em casa, por exemplo;
- Reduza o consumo de plástico e aposte na reciclagem.
Embora a eco-ansiedade esteja em ascensão, há um crescente ativismo ecológico que sugere uma conscientização cada vez maior sobre a importância de cuidar do planeta, principalmente para o equilíbrio psíquico de cada indivíduo.
Confira o que a equipe Flowww anda assistindo
Enola Holmes (Filme)
Um filme que segue as aventuras da jovem Enola, irmã de Sherlock Holmes. Quando sua mãe desaparece misteriosamente, Enola embarca em uma aventura para encontrá-la, revelando segredos do passado e desafiando expectativas da sua sociedade vitoriana.
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Wecrashed(Série)
Baseado em eventos reais, a série narra a ascensão e queda da empresa de tecnologia We Work, destacando os fundadores Adam e Rebekah Neumann e os desafios enfrentados em busca de crescimento e expansão na carreira.
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20 anos de Gmail: será que os correios eletrônicos já são coisa do passado?
Quando o Gmail foi lançado com um comunicado de imprensa bobo, há 20 anos, em 2004, muitos presumiram que não passava de mais uma pegadinha do Dia da Mentira. O serviço que surgia no mercado prometia 1 gigabyte de armazenamento, o que era bastante em uma era onde o comum era 15 megabytes, além de afirmar ser totalmente gratuito no cenário em que muitos dos serviços desse tipo eram pagos. E não é que tudo isso era verdade mesmo?
Podemos dizer tranquilamente que o Gmail revolucionou o e-mail. Ele reinventou o que nossas caixas de entrada eram capazes de fazer e se tornou uma parte central de nossas identidades online (pelo menos por um tempo). Hoje em dia, o serviço possui cerca de 1,5 bilhões de utilizadores – para você ter uma noção, isso equivale a cerca de 1/7 da população global.
O Gmail sempre vai ter o seu lugar especial… será mesmo?
O que é mais curioso é que 20 anos depois dessa super invenção revolucionária, dificilmente você verá alguém ansioso para abrir o Gmail. Muito pelo contrário, nos dias de hoje, gerenciar a caixa de entrada pode até ser uma tarefa árdua, e outros aplicativos como o WhatsApp ou o próprio Instagram passaram a dominar a forma como nos comunicamos online.
Mas calma aí! Mesmo que a comunicação nos meios online tenha acelerado de uma forma até assustadora com as mensagens diretas e outras ferramentas, o e-mail ainda tem sim o seu lugar, só não é mais a forma central de comunicação.
Hoje em dia, por conta desses outros meios, o Gmail se tornou “lento” para nossas conversas diárias, o que o levou a ser uma espécie de canal de “comunicação oficial”, um lugar para as coisas que você precisa de registros tangíveis e pesquisáveis. Porém, podemos esperar avanços promissores com o surgimento da IA, por exemplo, o que pode otimizar a forma com que utilizamos os e-mails, tornando essa uma ferramenta de acesso prático no dia a dia.
Seja você um fã de carteirinha do Gmail ou não, em uma coisa temos que concordar: a rede de e-mails mais famosa de todas conquistou com muito sucesso o seu lugar na vida de muitas pessoas e não vai ser extinta tão cedo!
Os 60 são os novos 30! Proteína desse um ser indestrutível pode prolongar a juventude humana.
Nem todo mundo gostaria de ser imortal, mas muita gente gostaria de, pelo menos, prolongar sua juventude ao máximo e tentam fazer isso das maneiras mais diversas. Alguns optam pela atividade física, alimentação balanceada e um sono de qualidade, para manter o corpo saudável. Já outros apelam para a indústria de cosméticos e produtos milagrosos, se contentando em manter apenas a aparência dos seus anos dourados.
Mas agora a ciência descobriu em um curioso animal microscópico a possível fonte da juventude celular e uma maneira de, talvez, adiar um pouco a velhice através da biostase. Vamos entender melhor.
As baratas passam vergonha!
O tardígrado ganhou fama após estudos mostrarem sua alta resistência e capacidade de sobreviver aos climas mais extremos. Eles sobrevivem a temperaturas abaixo de zero, calor elevado, desidratação completa e radiação. Parece muito para um bichinho que mede apenas meio milímetro, né? E eles não são difíceis de serem encontrados. Vivem em musgos e se alimentam de células vegetais ou minúsculos invertebrados. São objetos de estudos há um bom par de anos e já foram até mesmo enviados para o espaço para provarem sua capacidade de sobrevivência. E, pasme, eles sobreviveram até mesmo ao vácuo do espaço.
Agora, um estudo da Universidade de Wyoming descobriu que a maneira que eles usam para sobreviver, pode ser replicada no organismo humano. A técnica desses que também são conhecidos como ursos d’água consiste em entrar em um estado de animação suspensa chamado biostase. Através de uma proteína que cria um gel dentro das suas células eles conseguem diminuir os processos moleculares, atrasando o envelhecimento das células, mais ou menos um modo de ‘’economia de bateria’’. Os estudos mostram que essa proteína usada pelo tardígrado tem o mesmo efeito nas células humanas, fazendo com que sejam mais resistentes ao estresse.
A técnica pode ser usada para tratamento e até mesmo armazenamento celular. Entretanto, a proteína não é infinita e ela se dissolve assim que o estado de biostase termina. O desafio agora é achar meios de induzir esse estado nas células, para que o efeito seja contínuo. Com um pouco de sorte poderemos fazer parte de uma geração que não vai envelhecer tão cedo. Só precisamos torcer para que nenhum efeito colateral nos dê a aparência desse animal, que não é dos mais bonitos que você vai ver na vida.
Rapidinhas da Salvação 
- O espírito antes da tecnologia, por Mauricio de Sousa.
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Pensamentos de pensadores
para você pensar.
“A decisão mais corajosa que você pode tomar
todos os dias é estar de bom humor.” – Voltaire
A hora de dar tchau sempre é sempre difícil! Mais um Almanaque do Futuro chegando ao fim e nessa edição você pode desfrutar de uma atualização fantástica dos principais assuntos que estão em pauta mundo afora. Agradecemos sua presença e aguardamos você nas próximas semanas.
Nos vemos no futuro.
