Liberada! Aquela ideia de que você estava preso a alguma coisa.

Tempo de Leitura: 10 minutos

Almanaque do Futuro 192

26 de janeiro de 2024

Olá, como você está? Se pensou que o semanário mais futurista que você tem notícia tinha acabado, pensou errado.

Yesss, o Almanaque do Futuro voltou para a sua, minha e nossa curiosidade voltar a ser presenteada com conteúdos que você não encontra em qualquer lugar e com informações que só aqui você recebe deste jeito incrível.
Começando agora a temporada 2024 do Almanaque do Futuro, e esperamos contar com você por aqui em mais essa jornada de muitas informações.

Mas, agora, chega de conversa e bora direto para a edição 192, que como de costume, está imperdível. 📖


Da Disney para o mundo: Mickey Mouse de 1928 se torna domínio público

Com certeza você já viu por aí a versão original do ratinho mais conhecido de todos, o Mickey Mouse. A primeira e icônica animação “Steamboat Willie” foi o lançamento do personagem por Walt Disney, sendo exibido pela primeira vez no Colony Theatre, em Nova York e após a estreia aos holofotes da fama, fez sucesso absoluto marcando gerações e revolucionando o mundo encantado da Disney.

Depois de quase um século da ideia que deu vida ao Mickey Mouse, a Walt Disney Company anunciou que a partir do dia 01 de janeiro de 2024, o desenho agora pode “pertencer” a todos – incluindo a inteligência artificial. Porém, como nem tudo são flores, a empresa emitiu um aviso bem claro e rigoroso quanto ao uso das interações mais modernas do personagem:

“Versões mais modernas do Mickey permanecerão inalteradas pela expiração dos direitos autorais de Steamboat Willie, e Mickey continuará a desempenhar um papel de liderança como embaixador global da Walt Disney Company em nossas narrativas, atrações de parques temáticos e produtos,” afirmou um porta-voz da Disney a vários meios de comunicação em um comunicado. “Vamos, é claro, continuar a proteger nossos direitos e trabalharemos para salvaguardar contra a confusão do consumidor causada pelo uso não autorizado do Mickey e de nossos outros personagens icônicos.”.

Mas afinal, porque a Disney resolveu disponibilizar a versão de 1928 para o público?

Isso acontece porque a legislação dos Estados Unidos prevê que obras autorais entrem em domínio público quando completam 75 anos da criação. Assim, a versão do Mickey que entrou em domínio público este ano deveria ter liberação ainda em 2004. Porém, diante da pressão da Disney e outras companhias cujas propriedades queriam ter protegidas, o Congresso dos Estados Unidos ampliou o prazo da proteção em 20 anos (até os dias atuais). Essa extensão ganhou o nome Sonny Bono Copyright Term Extension Act, e ficou conhecida como Mickey Mouse Protection Act.

Essa transição que presenciamos do domínio público de “Steamboat Willie” expande as possibilidades de criação de diversas maneiras, mas ao mesmo tempo, exige muita cautela para evitar conflitos de direitos autorais com as versões mais recentes do personagem, que continuam protegidas pela Disney.


Apple Vision Pro: comercial volta às origens e relembra o anúncio do primeiro iPhone

Os millenials, e arriscamos dizer até alguns da geração Z, ficarão nostálgicos ao ver o novo comercial lançado pela Apple para divulgar o Apple Vision Pro, o novo headset que promete desbloquear experiências espaciais como nunca vivenciadas antes.

O comercial intitulado “Get Ready” apresenta uma montagem de cenas de filmes e séries com personagens usando óculos, capacetes e máscaras, com o principal objetivo de criar uma conexão emocional com o público e estabelecer o Vision Pro como um produto inovador e desejável. Com esses elementos, fica clara a alusão ao comercial de 2007, no lançamento do primeiro iPhone, com a campanha “Hello”, onde haviam cenas de filmes com pessoas atendendo telefones, remetendo ao novo iPhone que seria lançado logo em seguida.

Para tornar tudo ainda mais nostálgico…

A marca da maçã foi genial ao utilizar filmes para passar a sua mensagem em ambas as campanhas. Na vez de “Get Ready”, as cenas utilizadas incluem grandes clássicos do cinema, como “Up!”, “Homem-Formiga”, “Star Wars: Episódio IV — Uma Nova Esperança” e “Homem de Ferro”. Assim, ao recriar a magia de filmes e séries que dominaram as telas ao longo das décadas, a Apple não apenas vende um produto, mas conecta gerações,
evocando sentimento de nostalgia para o horizonte de possibilidades que surgem com o Apple Vision Pro.

O novo comercial pensado pela Apple é, de fato, uma celebração da inovação, que nos mostra muito mais do que um produto. O que vemos é uma experiência que transcende o extraordinário, criando marcas na memória de quem, assim como nós, está presenciando este marco na tecnologia.

Se já estávamos animados com o lançamento do Apple Vision Pro antes desse comercial, agora estamos ainda mais empolgados. Quem aí também está ansioso para ver o que está por vir?


Confira o que a equipe Flowww anda assistindo

  • A Sociedade da Neve
    Esse remake conta a história real dos sobreviventes da queda de um avião que saiu do Uruguai e colidiu com uma geleira nos Andes em 1972. Mesmo que você tenha resistido ao hype, vamos te dar um empurrãozinho para assistir, caso tenha estômago pra isso.

  • Detetive Forst
    Para quem adora se aventurar em histórias de suspense e mistério, a nova série polonesa da Netflix chegou para roubar a cena. Ambientada nas majestosas Montanhas Tatra na Polônia, a trama gira em torno da caçada a um serial killer brutal. Depois que você começar o primeiro episódio, vai ser difícil parar de assistir!

Rabbit R1: Um assistente de bolso criado para aprimorar nossa interação com IA.

Logo no início do ano, rolou em Las Vegas a CES 2024. Um enorme evento de tecnologia onde grandes e pequenas empresas apresentam propostas e apostas de produtos bastante futuristas. E os estandes surpreendem com inovações de todos os tipos. Carros voadores, veículos não tripulados com direção autônoma, TV’s iradas com tela transparente, uma cabeça robótica que pretende dar um rosto para o ChatGPT e inúmeros dispositivos de uso pessoal para cuidados com a saúde e outros fins.

E em meio a tantas tecnologias que parecem ter saído de filmes de sci-fi, um pequeno e curioso aparelhinho tem chamado atenção pelo seu potencial. O R1 Rabbit, desenvolvido por ex-engenheiros do Google, é um dispositivo criado para utilizar as tecnologias de IA de um jeito que os smartphones ainda não são capazes de fazer.

Um substituto para os smartphones ou apenas um Tamagotchi melhorado?

Alguns pontos chamam a atenção neste dispositivo. Primeiro, seu design minimalista, ele é composto por uma tela touchscreen de 2,88 polegadas, uma câmera rotativa, um botão, um scroll e só. À primeira vista ele não parece grande coisa, mas assim como nas pessoas, o que mais importa é o que está dentro e é aí que ele se destaca. Seu sistema operacional, Rabbit OS, é baseado em IA e utiliza LAM (Large Action Model), que é um modelo de linguagem mais avançado que o LLM (Large Language Models) utilizado pelo ChatGPT e outras ferramentas de processamento semelhantes.

E a grande diferença entre esses modelos de linguagem é que o LAM é capaz de executar tarefas mais complexas e até tomar algumas decisões para cumprir determinadas tarefas que você solicitar. Ao invés de apenas gerar um texto ou uma imagem conforme o seu prompt de comando, ele consegue entrar em sites ou aplicativos para fazer pedidos de delivery, solicitar serviços de transporte e até marcar viagens, comprando sua passagem e reservando hotéis. Tudo isso através de comandos de voz. O que, segundo seus criadores, é outra de suas vantagens, pois, comparado ao modelo LLM, ele é superior na capacidade de compreender contextos e solucionar tarefas com mais de uma etapa.

Por isso, dentre muitas inovações incríveis da CES 2024, o Rabbit R1 acabou chamando bastante atenção e gerando alguns debates sobre a possibilidade de, num futuro próximo, ele substituir os smartphones que utilizamos hoje. Ainda é cedo pra dizer, talvez ele seja um ótimo assistente para aquelas horas em que não queremos estar com nossa atenção voltada para a tela do celular ou pode ser que não seja nada disso e apenas uma forma de tirar dinheiro daqueles consumidores que estão sempre sedentos por algo novo no mercado. Papel que ele tem exercido com sucesso, aliás, pois vendeu nada menos que 40.000 unidades em apenas oito dias.

O valor desse novo gadget é de $ 199 e, se comparado a outros dispositivos tecnológicos, que não baixam dos $ 600, ele acaba sendo bem atrativo (não para nós, brasileiros, é claro). Para saber mais sobre o Rabbit R1 assista o vídeo promocional ou acesse o site da empresa.


Nova meta do Zuck: o perigoso plano de criar uma IA com inteligência humana.

Desde rumores sobre sair na mão contra Elon Musk, até notícias sobre a construção de um bunker ‘’secreto’’ no Havaí, o ‘’tio Zuck’’ tem suas maneiras de permanecer nos radares da mídia, querendo ele ou não. E recentemente ele andou preocupando alguns especialistas ao falar sobre a intenção de criar uma AGI de código aberto junto com o anúncio de uma compra milionária de chips gráficos, essenciais para alimentar modelos de IA. Mas vamos entender melhor tudo isso.

De novo essa história de rebelião das máquinas?

Desde o início do boom das IA’s, muito se fala do ponto onde elas irão se revoltar e tomar controle da raça humana. Mas ao passo que essas ferramentas vêm sendo liberadas para o público em geral, podemos perceber que essa visão alarmista é um pouco exagerada. Você conseguiria se imaginar sendo escravizado pelo ChatGPT? Não, né? Mas essas conspirações voltam à pauta quando falamos sobre AGI’s. Por que? Porque uma AGI seria um estado absoluto das inteligências artificiais, o ponto em que elas deixam de ser um chatbot companheiro dos websolitários para atingir uma inteligência real, equiparada ou até superior a de um ser humano.

Ela teria a capacidade de entender, aprender e aplicar seus conhecimentos. Propriedades criativas, podendo gerar ideias e conceitos artísticos. E autoconsciência, podendo pensar e refletir sobre sua própria existência. Seria como um Ultron da vida real, se você entende a referência. E convenhamos, isso soa um pouquinho preocupante, né? Ainda mais se você entender que uma AGI de código aberto significa que seu código-fonte ficaria disponível para qualquer um, com conhecimento suficiente, utilizar e modificar o modelo do modo que bem entendesse.

É claro que, até o momento, uma AGI é apenas teórica e o debate sobre a possibilidade da criação de tal tecnologia ainda está aberto. Mas parece que é isso que a Meta deseja descobrir e é por isso que estaria fazendo um investimento milionário para comprar 350.000 chips gráficos H100 da Nvidia, que são indispensáveis para a empreitada. E por mais que as notícias dizem que os especialistas estão alarmados com a ideia, é lógico que isso não vai acontecer do dia para a noite. A criação de um modelo tão avançado pode levar anos e pode ser revolucionária e ao mesmo tempo perigosa. Mas até lá os governos mundiais têm bastante tempo para pensar em como regular essas novas tecnologias.

Por enquanto podemos ficar tranquilos, mas de qualquer forma, é bom tentar ser educado quando for usar o ChatGPT, só por precaução mesmo.


Rapidinhas da Salvação 🙌

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Pensamentos de pensadores
para você pensar.

“Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.” – Walt Disney
 


Chegamos ao final do primeiro Almanaque do Futuro de 2024. Nesta edição você recebeu mais uma série de notícias que sempre dão o que falar porque poucos estão falando e apresentando com esse ponto de vista.
Agradecemos demais a sua leitura e esperamos te ver por aqui, durante o ano todo, todas as semanas com uma edição exclusiva e calibrada para a sua curiosidade. É muito bom estar de volta e saber que você continua aqui com a gente. Até a próxima edição.

Nos vemos no futuro.